ESTATISTICA

      Pretendemos com esta informação constante nos mapas da ansr de 2007 a 2010, levar ao conhecimento do leitor, como, quem, onde e por é que se morre nas estradas portuguesas. Tentaremos também, na medida do possível, fazer uma abordagem ao tema, sem pré-conceitos ou dogmas.
Por isso, não podemos deixar de de referir que nas estatísticas da ansr, no ponto causas dos acidentes, a grande maioria consta como causa não identificada e velocidade excessiva. Assim sendo, entende-se que qualquer estudo estastísco a fim de implementar medidas preventivas ou correctivas se encontra ferido de vício pois, em cerca de 80% dos acidentes as causas ou são desconhecidas ou são velocidade excessiva para as condições existentes.
Pergunta-se então, como é que é que é possível apontar como as grandes causas da sinistralidade portuguesa, o álcool e o excesso de velocidade.
Com este raciocínio, não se pretende diminuir a influencia do álcool e da velocidade na sinistralidade contudo, não se pode desviar a atenção de outras causas como a fadiga, a distracção, os erros de traçado e incorrecta sinalização  da via, os erros estruturais e falta de conservação da faixa de rodagem, entre outros (ver temas especificos nas páginas do blogue), que em nosso entender são as verdadeiras causas da sinistralidade.
No que respeita ao excesso de velocidade, este só por si , pode não ser  causa directa para a produção do acidente, mas sim miximizador do seu resultado. Por isso, mesmo que um veículo circule em excesso de velocidade e seja interveniente em acidente de viação, não se pode dai concluir que a causa principal seja a velocidade, pois pode ter sido devido a fadiga ou outra causa. Da mesma forma, mesmo que um condutor esteja sob influencia do álcool e seja interveniente em acidente de viação, também não se pode concluir que a causa seja o álcool, pois pode ter sido devido a distracção por uso de telemóvel.
Não podemos também deixar de chamar a atenção do leitor para a velocidade excessiva pois, parece-nos importante referir a amplitude que esta pode assumir. 
Vamos então imaginar que um condutor circula na descida da serra da estrela para a Covilha a uma velocidade de 5 km/h e que a estrada se encontra gelada. Este condutor a 5 km/h poderá eventualmente circular em velocidade excessiva para as condições existentes se não conseguir imobilizar o veículo no espaço livre e visível à sua frente, de forma a evitar acidentes. Este mesmo condutor circula agora na Auto estrada do norte a uma velocidade de 120 km/h mas de repente, começa a chover e a estrada fica molhada contudo, o condutor não reduz a velocidade para um valor seguro com o piso molhado. Este condutor, pode eventualmente também neste caso, circular em velocidade excessiva para as condições existentes se não conseguir imobilizar o veículo no espaço livre e visível à sua frente.
Podemos assim concluir que a velocidade excessiva só por si e como causa de  sinistralidade pode ter uma variação tão grande que não é possível extrair qualquer conclusão para efeitos de medidas preventivas ou pró-activas.
Face ao anteriormente descrito, entende-se que só será possível avaliar as verdadeiras causas dos acidentes se, quer as entidades policiais quer a entidade administrativa (ansr) fizerem um esforço para avaliar com rigor técnico e cientifico as causas de cada acidente. Depois então, estaremos preparados para combater este drama que mata mais que qualquer outra doença em todo o mundo. 


ESTATÍSTICA 

N.º DE ACIDENTES COM VÍTIMAS 1988/2007




Observações: 
           
ANTIGUIDADE DA CARTA DE CONDUÇÃO


2007


2008


2009


2010




EM INTRODUÇÃO DE DADOS