A PRIMEIRA REGRA DE TRÂNSITO
A circulação na Lisboa seiscentista A Primeira Regra de Trânsito… A Primeira sinalização rodoviária… Padrão de 1686 Imagine-se Lisboa seiscentista, com um emaranhado de ruas, ruelas e vielas tortuosas, poeirentas, de terra batida cheias de covas por onde circulavam pessoas e se passeavam matilhas de cães vadios, varas de porcos, rebanhos de cabras e carneiros, patos, galinhas e outros animais, coabitando com carros de bois, carroças, burros e cavalos que traziam os mantimentos para dentro dos portos da cidade. Lisboa era uma cidade movimentada e colorida, repleta de comércios tradicionais de novos produtos permitidos pelas Descobertas e pelo Comércio com as Índias e de onde emanavam odores de especiarias e se ouviam pregões populares. Lisboa era, então, o centro comercial do antigo império português, lugar histórico de intercâmbio de culturas. Pelas ruas cruzava-se uma população buliçosa, loquaz, onde passavam carregadores vergados de carretos a pau e corda, aguadeiros, moleiros carregados de farinha ou de fruta e outros transeuntes entregues à sua labuta.
Era, também, uma cidade de contrastes onde a par de casas insalubres, habitadas pelo povo, se podiam encontrar palacetes, palácios e casas senhoriais, onde viviam os "abastados" principalmente os nobres, os militares, os oficiais de justiça, e conventos que albergavam os membros do clero. A ostentação da riqueza por parte destas classes passava sobretudo pelo modo como se deslocavam e pelo luxo com que se faziam transportar. As liteiras, seges e coches, cuja utilização vinha a crescer desde o século XVI, invadiam, agora, as ruas que, pela sua estreiteza, não comportavam tal diversidade de utilizadores, criando situações de grande desordem e fontes de conflito.
O trânsito começava a ser caótico! Havia que intervir!
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