Um dia uma amiga escreveu o seguinte:

Ah, comigo não!!
Eu sou um ás ao volante! Ando no mínimo a 100 km/h! Consigo beber e conduzir ! A mim não me dá o sono!
Sou atencioso, nada me distrai!
    O que explica o grande número de acidentes e mortes nas estradas neste último ano mesmo com um dia a menos do que o do ano passado? Poderíamos dizer que foi o factor psicológico – . Foi a chuva que potencializou o perigo ; talvez a situação económica que fez com que a pessoas relaxassem na manutenção dos carros; a bebida, a habilitação deficiente, a falta de fiscalização, as más condições das estradas, o congestionamento e as várias horas ao volante, a autoconfiança excessiva... Cada um destes factores daria óptimas reportagens e seriam fontes de sérios estudos, porém vou me deter no aspecto humano da situação.
O problema está naquela peça atrás do volante! Seria Hilário se não fosse  trágica essa afirmação. Alguém um dia disse: 
    A coragem não é a ausência do medo, mas o controlo do mesmo, Viver requer uma alta dose de coragem. O medo é a defesa do nosso ego. Negar o medo é suicídio porque nos expõe aos “acasos” da vida, e nos  dá a falsa  autoconfiança, é quando negligenciamos os perigos, normas e cuidados e nos colocamos como seres inatingíveis e pronunciamos  a “tal” frase:
Ah, comigo não!
Eu não estou aqui a combater  a autoconfiança e auto-estima, mas sim a dosagem delas.  Amar é aceitar nossa condição de seres falíveis, de ser humano; perceber que nossa vida pode dar uma volta de  trezentos e sessenta graus em segundos, tempo esse de uma distracção, uma manobra errada.
Então porquê ao sairmos de casa para viajar não nos precavermos e tomarmos os cuidados necessários e atenção, não nos expondo ao perigo, precavendo-nos psicologicamente, assumindo nossos medos e doseando as nossas tendências  egocêntricas . Respeito por si e pelos outros.
Que digam as milhares de pessoas acidentadas que tiveram as suas vidas transformadas por segundos.  Nós somos o agente dos acidentes! Você é o outro! Pense nisso!

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