Todos nós estamos fartos de ouvir falar de que o uso do
telemóvel durante a condução é perigoso. Contudo, provavelmente o que não sabe, é como é que o nosso cérebro age, quando atendemos este aparelho ou outro similar.
Como já escrevi num artigo anterior, o tempo de reação do condutor pode ser de vários tipos:
Reflexas; quando não existe análise ou decisão, apenas uma reação
muscular a um estímulo nervoso. Podem demorar cerca de 0,2 segundos;
Simples; quando o indivíduo responde a um estímulo externo, sem
refletir acerca da ação a tomar. Esta reação pode demorar entre 0,3
e 0,5 segundos;
Complexa; quando, respondendo a um estímulo exterior, o indivíduo
analisa diversas opções e toma uma decisão. Pode demorar entre 0,4 a
mais de 1,5 segundos;
Múltipla; quando se juntam várias ações/reações a um ou vários
estímulos simultâneos. Pode demorar entre 0,5 a mais de 1,5 segundos.
A reação do condutor depende portanto de vários factores que podem fazer toda a diferença, quando surge um obstáculo.
Na hora de agir, os factores que aumentam o tempo de reação são a fadiga, a distração (como usar o telemóvel), o uso de substâncias psicotrópicas, e situação concreta do ato.
Para ter noção deste factos pense no seguinte:
a 50 km/h e se mantivermos a atenção (1s), percorremos 13,8 m sem nada fazer.
a 50 km/h a falar ao telemóvel (2s), percorremos 37,6 m sem nada fazer.
a 100 km/h e se mantivermos a atenção (1s) percorremos 27,7 m sem nada fazer.
a 100 km/h a falar ao telemóvel (2s) percorremos 55,4 m sem nada fazer.
Mas, nem toda a responsabilidade está do lado do condutor, o peão também tem deveres que para a sua segurança deve cumprir.
Norberto Costa
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